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15/9/2016 

A reunião do Conselho de Diretores de Base (CDB) do Sinteps nesta quinta-feira, 15/9, teve como pauta principal a avaliação do retorno dos trabalhadores à s propostas de mobilização feitas pelo Sindicato. Os Diretores de Base, Regionais e da Executiva fizeram um relato das reuniões e visitas realizadas nas unidades. Também foram computadas as participações na pesquisa online feita pelo sindicato (ainda aberta no link https://goo.gl/forms/bxCTxx7W2raTnb0F2).

A amostragem levantada nas reuniões - englobando escolas de todas as regiões do estado - aponta um quadro bastante parecido. Embora a maioria considere as reivindicações justas, não vê a greve geral da categoria como viável neste momento.

Aos informes, seguiu-se uma avaliação desta conjuntura. Foi lembrado que algumas melhorias conquistadas com a implantação do novo plano de carreira, especialmente em 2015 e 2016, parecem ter arrefecido os ânimos de parte da categoria, mas que o conjunto dos trabalhadores do Centro - docentes, técnico-administrativos e auxiliares docentes - tem clareza do pesado impacto que três anos sem reajuste causam em nossos salários. Entre os técnico-administrativos, segmento mais arrochado da categoria, a indignação é muito grande, mas também é majoritária a opinião de que não é possível partir para a greve agora.

Construir a mobilização na categoria

Os momentos de mobilização que construímos nos últimos meses - como os atos públicos em dezembro/2015, em junho e agosto deste ano - trouxeram avanços, como a revogação da exigência de cumprimento de 30% da hora atividade na unidade, melhorias nas Deliberações 26 (evolução funcional) e 27 (enquadramento por titulação), mas ainda resta muito a ser conquistado. Queremos a revogação destas deliberações, o reajuste salarial, a implantação do plano de saúde institucional, a extensão da progressão por titulação aos administrativos e auxiliares docentes, a jornada docente, o reajuste em paridade com a lei 1080/08, entre outras.

Sabemos que somente uma greve forte da categoria é capaz de quebrar a intransigência do governo Alckmin e obrigá-lo a negociar nossas reivindicações. E é preciso construir essa greve desde já, trabalhando na perspectiva de torná-la realidade no início do próximo ano.

Participar da paralisação nacional em 22/9 é o primeiro passo

Em todo o país, cresce a reação dos trabalhadores das várias categorias aos ataques que o governo de Michel Temer ameaça fazer. Temer já anunciou uma série de medidas que retiram os direitos dos trabalhadores, tais como: aposentadoria somente a partir dos 65 anos (igualando a de homens e mulheres) e desvinculando-a também do salário mínimo (inclusive com mudanças para quem está na ativa); terceirização ilimitada e flexibilização da CLT, com alteração da carteira de trabalho e mudanças nas férias, no 13º salário e no adicional noturno, além do aumento da jornada de trabalho; privatização de tudo o que for possível (Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa, Correios, entre outras). Também existem projetos na Câmara e no Senado, como é o caso do PLP 257 e da PEC 241, que propõem congelar salários dos funcionários públicos e suspender a realização de concursos, reduzir o limite mínimo de gastos em educação e saúde por um período de 20 anos.

Para impedir que isso se concretize, entidades do funcionalismo público e dos trabalhadores da iniciativa privada, movimentos populares, sociais e estudantil, além de centrais sindicais (como a CUT, a CSP/Conlutas e a CTB) definiram um calendário de mobilização, rumo à  greve geral no país. A próxima data importante neste calendário é 22/9, convocado como Dia Nacional de Paralisação contra o ataque aos direitos sociais. Na sequência, está prevista nova jornada de lutas em 29/9, ainda a ser melhor divulgada.

O Sinteps conclama os trabalhadores do Centro a participarem da paralisação em 22/9. Além de lutarmos junto com outras categorias contra o corte de direitos, também podemos defender nossas reivindicações específicas: reajuste salarial para todos, vale-alimentação digno para todos, melhorias salariais adicionais aos administrativos (equiparação à  Lei 1.080), extensão do enquadramento por titulação aos administrativos e auxiliares docentes, implantação da jornada docentes, revisão do plano de carreira (evolução por critérios objetivos), extensão da licença gestante de 180 dias à s trabalhadoras celetistas, instituição do plano de saúde institucional, entre outras. Um grande número de unidades paralisadas neste dia mostrará à  Superintendência e ao governador que estamos dispostos a lutar por nossos direitos e que a greve da categoria está em nosso horizonte.

Como participar no dia 22/9

As centrais sindicais estão organizando uma grande manifestação neste dia, em São Paulo, com concentração a partir das 16h, no Vão Livre do MASP, na Avenida Paulista.

Converse com os colegas da unidade sobre a paralisação neste dia e a participação no ato unificado na Paulista. Se a decisão for por participar do ato, entre em contato o quanto antes (até 20/9, ao meio-dia) pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., com Denise, para viabilizar os gastos com a caravana.

Se a sua unidade decidir paralisar (mesmo sem aderir ao ato), informe para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até 21/9. Passada a paralisação, o Sindicato buscará negociar com a Superintendência o dia parado.

Clique para baixar o cartazete de apoio à  mobilização. Cole-o na sua unidade!

Manter os outros mecanismos de pressão

Algumas iniciativas já indicadas pelo Sinteps devem continuar. Uma delas é o envio de e-mails para o secretário de Desenvolvimento e vice-governador, Márcio França (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.), cobrando os seguintes itens:

E-mail 1

Assunto: Sobre o projeto de extensão da promoção especial no Ceeteps.

Texto: Solicitamos ao Ilmo. Sr. Márcio França, secretário de Desenvolvimento e vice-governador, que agilize a tramitação do projeto de lei que estende a promoção especial por titulação aos administrativos e auxiliares docentes. É profundamente injusto deixar de fora uma parte da categoria, justamente a mais discriminada e arrochada dentro do Centro Paula Souza, ainda mais sabendo-se que os impactos financeiros da extensão seriam baixíssimos. Ou seja, com um custo ínfimo, o governo demonstrará respeito e fará justiça a estes segmentos.

E-mail 2

Assunto: Equiparação dos administrativos do Ceeteps à  Lei 1.080.

Texto: Solicitamos ao Ilmo. Sr. Márcio França, secretário de Desenvolvimento e vice-governador, que agilize a tramitação do projeto que equipara o salário dos administrativos do Centro Paula Souza à  Lei 1.080/2008, válida para o conjunto do funcionalismo. É profundamente injusto que os administrativos do Ceeteps desempenhem funções iguais aos de outras categorias do funcionalismo paulista, mas ganhem menos por isso. Sabemos que a equiparação dos nossos salários à  Lei 1.080/2018 ocasionará um custo ínfimo para o governo, mas fará justiça com nosso segmento.