20/5/2016
A truculência e a repressão contra movimentos sociais organizados estão se transformando em fatos cotidianos no estado de São Paulo e em todo o país. Multiplicam-se os casos em que as lutas sociais - greves, ocupações, passeatas - são tratadas como caso de polícia, sem que as suas reivindicações sejam democraticamente discutidas.
Assim como ocorreu com os estudantes secundaristas paulistas, que protagonizaram recentes mobilizações nas ETECs e nas escolas da rede estadual, movimentos similares espalham-se pelos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Ceará. A reação dos respectivos governos tem se baseado no uso da força policial e no desconhecimento das pautas.
Estes fatos ocorrem, não por acaso, num momento em que o país navega por mares políticos turbulentos, em que os poderosos empresários da Fiesp, banqueiros e outros setores da classe dominante burguesa impõem um novo governo por vias golpistas, à margem do processo eleitoral.
E este novo ilegítimo, que reúne os setores mais atrasados da oligarquia brasileira, já deixa claro a que veio: jogar o peso da crise sobre os trabalhadores e a população pobre do país. Essa foi a contrapartida exigida pelos financiadores do golpe. Querem reformar a Previdência (para dificultar ainda mais o direito à aposentadoria), querem flexibilizar direitos trabalhistas (cortar ou diminuir 13º salário, férias, FGTS etc.), querem desvincular as verbas destinadas para saúde e educação, entre outros ataques.
Neste cenário, vivemos um clima de retrocesso social e cultural, que pode nos fazer perder direitos arduamente conquistados. Não vamos aceitar! Resistiremos!
São Paulo, 20 de maio de 2016.
Diretoria Executiva do Sinteps