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29/10/2015

Os Diretores de Base, Diretores Regionais e Diretores Executivos do Sinteps, reunidos em 27 de outubro de 2015, manifestam apoio à s crescentes manifestações de estudantes, professores, funcionários e pais contra as anunciadas mudanças na rede estadual de ensino paulista.

Sem qualquer debate prévio com a comunidade diretamente envolvida, no dia 22/9 a Secretaria da Educação do Estado (SEE-SP) anunciou a intenção de reorganizar as escolas por ciclos de ensino a partir de 2016. Com isso, a maioria das escolas passará a atender somente um dos três ciclos do ensino: anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º), anos finais (6º ao 9º) e Ensino Médio. Atualmente, uma escola pode atender aos três ciclos simultaneamente.

Ainda não se conhecem detalhes da proposta, mas apenas que deve obrigar mais de um milhão de alunos (dos 3,8 milhões) a se transferirem de suas unidades atuais. A SEE-SP também confirma que parte das escolas pode ser fechada. O objetivo, segundo o governo, é preparar as escolas para atender à s demandas de cada etapa escolar e de cada faixa etária; favorecer a gestão das unidades; e adequar o novo modelo escolar à s fases de aprendizado dos alunos. O deslocamento máximo dos alunos das escolas reorganizadas será de até 1,5 km para sua nova unidade escolar.

Em nota, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirma não haver preocupação pedagógica na reorganização, tratando-se apenas de uma mudança física, descolada de um verdadeiro projeto educacional, que vai desorganizar a rede. Em vez disso, a Apeoesp enfatiza que o governo deveria valorizar os profissionais do magistério e resolver os problemas estruturais das escolas, assegurando condições de trabalho aos professores e de aprendizagem aos estudantes.

            A Apeoesp lembra que, em 1995, o governador Mário Covas (PSDB) e a então secretária de Educação, Rose Neubauer, realizaram uma reorganização similar, que causou a demissão de mais de 20 mil professores, desorganização e transtornos nas famílias dos estudantes e uma série de outros prejuízos à  educação pública estadual.

            As manifestações públicas contrárias à s mudanças vêm sendo organizadas por estudantes, de forma independente, e pela Apeoesp.

O Sinteps soma sua voz à  das entidades dos movimentos sociais e sindicais, repudiando a adoção de medidas de tão grande impacto sem uma ampla discussão com a sociedade paulista, em especial com os principais setores sociais envolvidos.

Moção da Unicamp

A Congregação da Faculdade de Educação da Unicamp, reunida em 21/10/2015, aprovou uma moção bastante esclarecedora para o debate sobre as medidas anunciadas pelo SEE-SP.

Clique aqui e confira a íntegra do documento.