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12/3/2014

Reunido nesta quarta-feira, dia 12/3, nas dependências da Assembleia Legislativa, o Comando Geral de Greve avaliou o ato de ontem como vitorioso e aprovou novas atividades para os próximos dias. Na próxima quarta-feira, dia 19/3, a partir das 14h, novo ato público, em frente à  Alesp. Nos demais dias, todos os que puderem estão convidados a comparecer à  Alesp, junto com a direção do Sindicato.

A reunião também aprovou que o Sinteps deve ingressar com ação judicial contra o Ceeteps, por assédio moral contra os trabalhadores em greve. A orientação é que os trabalhadores enviem ao Sindicato (pelo Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) todos os documentos aos quais tenham acesso, que possam ser utilizados como prova de que o empregador está praticando crime de assédio moral contra os grevistas (comunicados, e-mails, cartas etc).

Frente ao informe de que outras categorias estão prestes a entrar em greve, como é o caso dos servidores das universidades federais, a reunião do Comando também aprovou que o Sinteps lhes envie moção de apoio.

Após a reunião, os membros do Comando e diretores do Sinteps dirigiram-se ao plenário principal, onde o deputado Carlos Giannazi (PSOL) denunciou a prática do assédio moral nas ETECs e FATECs em greve e pediu que uma cópia de seu discurso seja enviado ao governo estadual, à  Superintendência do Ceeteps, ao Ministério Público de SP e à  Comissão de Direitos Humanos da Alesp. No caso desta última, o pedido de Giannazi é que a superintendente Laura Laganá seja convocada para uma audiência pública, na qual se explique sobre as denúncias. O líder do PSDB na Alesp, deputado Cauê Macris, usou da palavra para afirmar que o governo desconhece a prática de assédio moral nas unidades e que não concorda com isso.

Ao serem informados de que a professora Laura se encontrava na Alesp, em conversa com líderes do PSDB, os representantes do Comando aguardaram que ela saísse e lhe fizeram vários questionamentos. Professores e funcionários fizeram duras críticas ao plano enviado à  Alesp e ao fato de a superintendente ter passado aos diretores tabelas bastante diferentes, ainda no início da greve. Eu deixei claro aos diretores que aquelas eram as tabelas que nós queríamos, mas que poderia haver mudanças por parte da Comissão de Política Salarial do governo, desconversou.

Sobre o corte de ponto, qualificado pelos representantes como ilegal e um ataque ao direito de greve, Laura disse estar respaldada em pareceres da Procuradoria Geral do Estado. No entanto, voltou a dizer que está aberta à  negociação com o Sindicato ao final da greve, para negociar a reposição dos dias parados, da forma que ocorreu nas greves anteriores. Diante das críticas recebidas ao PLC 07/2014, Laura limitou-se a dizer que agora é com os deputados e que ela lutou para que o plano fosse bom.

 A greve continua! Não se deixe intimidar

A ida da superintendente à  Alesp, ao mesmo tempo em que divulga comunicado afirmando que 91% da categoria não estão em greve (num claro sinal de que a formação matemática nas hostes da administração do Centro deixa muito a desejar), é sinal claro de que o governo sabe - e muito bem - que a greve continua. E que o assédio moral nas unidades não está dando conta de abalar a disposição de luta da categoria.

A greve continua! A luta agora é pela aprovação das nossas emendas!