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20/01/2014

No que diz respeito ao novo plano de carreira dos trabalhadores do Centro Paula Souza, o ano de 2014 começa exatamente como terminou 2013. As secretarias de governo envolvidas no assunto (Gestão, Desenvolvimento, Planejamento) dão informações desencontradas sobre onde se encontra o projeto de carreira neste momento. Também não sabemos quais alterações as secretarias promoveram no texto discutido entre Sinteps e Centro Paula Souza.

Para entender melhor a situação atual, é preciso relembrar alguns fatos. A promessa de um novo plano de carreira para os trabalhadores do Centro foi feita pelo governo no auge da greve de 2011. Para elaborar sua proposta, o Centro contratou um à³rgão externo - a Fundação Instituto de Administração (FIA). Em julho de 2012, após muita cobrança por parte do Sinteps, o documento base elaborado pela FIA foi divulgado à  comunidade. A partir daí, o Sindicato intensificou o debate com os trabalhadores, apresentando-lhes a proposta de carreira do Ceeteps (elaborada pela FIA) e a proposta de carreira da entidade (elaborada a partir de debates em congressos e encontros da categoria).

No decorrer de 2013, o Sinteps propôs a greve em três oportunidades (que não vingaram), mas acabaram se transformando em paralisações, atos públicos (alguns muito expressivos) e manifestações diversas. Esse quadro de mobilização pressionou o Centro a abrir um canal de negociação com o Sindicato, dispondo-se a ouvir as críticas e sugestões à  proposta elaborada pela FIA. Várias reuniões entre as partes foram realizadas, nas quais o Sinteps defendeu as reivindicações históricas da categoria: excluir a meritocracia (avaliação de desempenho), valorizar os trabalhadores por sua experiência profissional e por sua capacitação profissional; recuperar a perda salarial imposta à  categoria e incluir a definição de uma política salarial para evitar futuras perdas salariais; estabelecimento de jornada para os docentes, entre outros. Embora estes itens não tenham sido incluídos na proposta do Centro, houve vários avanços em relação ao texto original da FIA (confira os detalhes no site do Sinteps, em www.sinteps.org.br, item Publicações - Revistas, na revista dos 20 anos, no artigo A carreira dos trabalhadores do Ceeteps, luta central da categoria depois da greve de 2011).

Depois que o Centro enviou o projeto para as secretarias de governo, o Sindicato passou a cobrar insistentemente a aceleração do trâmite e a inclusão das melhorias (fim da avaliação de desempenho, política salarial, jornada para os docentes). Mas, ao contrário disso, o que se sabe é que as secretarias solicitaram mudanças significativas na proposta negociada entre o Ceeteps e o Sinteps, dentre elas: a retirada da Sexta Parte; da licença maternidade de 180 dias para as celetistas e atraso no cronograma de implantação do plano, passando a 1ª fase, que inicialmente era retroativa a julho de 2013, para janeiro de 2014, e as fases seguintes para janeiro de 2015 e janeiro de 2016.

Sem carreira, não tem trabalho!

A direção do Sinteps (Diretoria Executiva, Diretoria Regional, Conselho de Diretores de Base) realizou um conjunto de reuniões neste início de ano. O indicativo da direção do Sindicato à  categoria é a GREVE A PARTIR DE 17 DE FEVEREIRO DE 2014. Depois de passar os últimos três anos pressionando o Centro, as secretarias de governo, o próprio governo e a Assembleia Legislativa, tentando negociar exaustivamente, nossa última ferramenta de luta é a GREVE.

Com a greve, queremos evitar retrocessos na proposta discutida entre Sindicato e Centro (como a retirada da licença maternidade de 180 dias para as celetistas e da Sexta Parte, a suspensão da retroatividade a julho de 2013) e inserir reivindicações históricas da categoria: política salarial, jornada de trabalho para os docentes, fim da avaliação de desempenho.

Com a greve, também queremos evitar que a nova carreira seja apenas mais uma proposta, como muitas outras que dormem na Assembleia Legislativa há anos. Queremos a aprovação urgente na Assembleia Legislativa.

Calendário

- De 21 a 30/1/2014: Primeira rodada de visitas, reuniões e assembleias setoriais nas unidades para apresentar a proposta da greve e ter um termômetro da disposição da categoria.

- 31/1/2014: Reunião do Conselho de Diretores de Base (CDB) para avaliar o retorno das visitas e reuniões feitas no período de 21 a 30/1/2014. Com base nesta avaliação, serão definidos os próximos passos.

- A partir de 5/2/2014, com o início das atividades da Assembleia Legislativa, plantões de diretores do Sinteps para pressionar os deputados.

- 17/2/2014: Se aprovada, início da greve geral da categoria.