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Esse é Tarcísio: 50% no próprio salário, até 34% para as polícias e 6% para o ‘resto’ do funcionalismo. Vamos à greve por tempo indeterminado! Não vamos começar o semestre

Não que seja surpresa, mas o teor do projeto de lei complementar (PLC) 102/2023, enviado pelo governador à Assembleia Legislativa (Alesp) na manhã de 22/6, causa espanto pelo alto grau de zombaria com que o funcionalismo paulista está sendo tratado.

Após aprovar um reajuste de 50% para si mesmo e seus secretários, no final de 2022, e recentemente de até 34% para as polícias, Tarcísio de Freitas (Republicanos) propõe miseráveis 6% para o ‘resto’ das categorias, aí incluídos os trabalhadores do Centro Paula Souza.

Na justificativa que deu para aumentar o próprio salário, que foi de R$ 23 mil para R$ 34,5 mil, o governador alegou que estava sem reajuste desde janeiro de 2019. Ora, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado neste período é de 25,63%, a metade do reajuste ‘autoconcedido’ pelo governador.

É muita cara de pau oferecer 6% ao ‘resto’ do funcionalismo, após anos de congelamento. O espetacular reajuste será aplicado em 1/7/2023, para recebimento em início de agosto.

Mas não é só... O item 6 do PLC 102/2023 explica que, “para que não cause perda do benefício aos policiais militares”, será elevado o teto salarial para fins de pagamento do auxílio alimentação, de 199 para 228 UFESPs. Traduzindo em números, o teto dos policiais para o recebimento do auxílio subirá dos atuais R$ 6.817,74 para R$ 7.811,28.

Detalhe, no Centro Paula Souza, o teto para recebimento do vale-coxinha de R$ 12,00 é de R$ 5.036,00.... e assim continuará, se depender do governador.

 

Emendas ao projeto

Deputados/as alinhados/as com o movimento sindical informaram ao Sinteps que o prazo para envio de emendas ao PLC 102/2023, que tramita em regime de urgência, é até 27/6. Vamos fazê-las e divulgar à categoria, para que ajude a pressionar os parlamentares da Alesp.

 

Não vamos iniciar o semestre!

O reajuste de 6% é um tapa na cara dos servidores públicos paulistas.

O Sinteps reafirma o indicativo de greve da categoria, por tempo indeterminado, a partir do início de agosto. NÃO VAMOS COMEÇAR O SEGUNDO SEMESTRE!

Que os trabalhadores realizem assembleias setoriais até 5/7 para avaliar a proposta de greve por tempo indeterminado (a data será indicada após reunião do Conselho Diretor do Sinteps, em 23/6), tendo como pauta as mesmas reivindicações que nos trouxeram até aqui: reajuste, revisão da carreira, pagamento do bônus (caso ainda esteja indefinido) e defesa das escolas do Centro.

No site do Sinteps, em “Fique por dentro”, no item “Greve em agosto/23 – Assembleias”, você encontra modelo de ata/lista de presença para as assembleias setoriais, modelos de moção para Câmaras de Vereadores, subsídios sobre as reivindicações. Se não houver diretor sindical na sua unidade, ajude na mobilização e convide os colegas a discutirem as nossas reivindicações e a proposta de greve. Depois, envie a ata/lista de presença para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

CHEGA DE HUMILHAÇÃO! VAMOS À GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!