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Assembleia geral rejeita pressão e assédio da Superintendência e decide por unanimidade: Manter e ampliar a GREVE SANITÁRIA e a defesa da vida

Com a participação de mais de 200 grevistas, de unidades de todo o estado, a Assembleia Geral realizada em 30/8 foi unânime em sua decisão de manter a GREVE SANITÁRIA, uma vez que todas as razões que levaram a ela permanecem vigentes e até mais graves, como é o caso da ampliação dos números de novas contaminações nas escolas, que parecem acompanhar a preocupante ascensão da variante delta.

A assembleia foi convocada para analisar os impactos do Comunicado GDS de 27/8/2021, no qual a superintendente do Centro, professora Laura Laganá, informa que os dias trabalhados “exclusivamente de forma remota no período de 2/8 a 31/8/2021, excepcionalmente, não terão apontamento de faltas.” Em seguida, pressiona para que todos retornem às atividades presenciais a partir de 1/9, “em conformidade com o plano de retorno estabelecido pela unidade de ensino”, sob pena de “apontamento de falta injustificada, com o consequente desconto financeiro”.

A presidente do Sinteps, Silvia Elena de Lima, resgatou a história de lutas da entidade, lembrando que a pressão do empregador esteve presente em todas elas, inclusive com desconto de dias em greves nas quais a categoria paralisou totalmente as atividades, reivindicando melhores salários e condições de trabalho, a nova carreira etc. “A greve pela nova carreira, em 2014, por exemplo, foi uma das mais abrangentes e longas, culminando na atribuição de faltas injustificadas, mas tudo sempre foi revertido com as negociações posteriores, quando o trabalho foi reposto e os dias pagos.”

Silvia chamou a atenção, também, para a especificidade da GREVE SANITÁRIA. “Estamos trabalhando ininterruptamente, mantendo os serviços e as aulas online, o que coloca o empregador em situação delicada, inclusive por reconhecer nosso trabalho ao garantir o pagamento regular e integral dos dias trabalhados em agosto.”

Vários presentes fizeram uso da palavra para rejeitar a pressão e o assédio estampados no comunicado e, ao mesmo tempo, reforçar a importância de manter e ampliar a greve. “Os motivos que nos levaram à greve estão agravados agora com a variante delta”, resumiu um deles.

O Sinteps continua recebendo, todos os dias, informes de unidades que suspendem as atividades presenciais devido a novos casos de contaminação. A avaliação da direção do Sindicato é que, do total de servidores da instituição, mais de 10 mil (a metade) não voltaram ao trabalho presencial porque não foram convocados (FATECs e ETECs que optaram por não retornar agora) e, dos restantes, uma parte está em GREVE SANITÁRIA e muitos estão envolvidos em acordos locais de funcionamento parcial.

“O que a direção do Centro conseguiu fazer é estabelecer um verdadeiro pandemônio nas unidades, desestruturando um ensino remoto que vinha sendo feito com seriedade e competência”, disse um dos participantes da assembleia. “O que mais queremos é voltar às atividades presenciais, pois sabemos que a educação precisa se dar na sala de aula, mas só podemos fazer isso quando houver segurança sanitária. Antes disso, o ensino remoto é a opção mais sensata”, pontuou outra grevista presente.

 

Encaminhamentos da Assembleia

- Decisão unânime pela continuidade e fortalecimento da GREVE SANITÁRIA;

- Em breve, realização de audiência pública na Assembleia Legislativa (atividade está em construção);

- AJ do Sinteps prepara queixa-crime junto à Vara da Infância e da Juventude, com destaque para os prejuízos pedagógicos e riscos sanitários impostos aos estudantes;

- AJ do Sinteps busca agendar mesa redonda com a direção do Centro Paula Souza, sob mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que já se manifestou anteriormente em favor do Sindicato no âmbito da ação judicial movida pela entidade contra o retorno presencial (leia detalhes aqui).

- Divulgação de vídeo produzido pelo Sindicato, sobre as razões que nos levam à GREVE SANITARIA, a falta de cumprimento dos protocolos, novos casos etc. (será divulgado em breve).

 

Importante: Os trabalhadores em GREVE SANITÁRIA devem registrar TODAS as suas atividades. Se for necessária uma ação judicial, provaremos sem sombra de dúvida o trabalho realizado. No caso dos auxiliares de docente e administrativos, a orientação é que se loguem diariamente, no horário habitual de trabalho, e informem a unidade (pelo e-mail institucional) que estão à disposição para as atividades remotas.

 

Doria, firme e forte na contramão da ciência

Matéria da jornalista Isabela Palhares, publicada no jornal Folha de S. Paulo e Portal UOL em 30/8 (clique para ler), denuncia que o governador João Doria adotou uma estratégia “esperta” para diminuir os números da pandemia no estado. “Gestão Doria deixa de contar casos confirmados e de mortes por Covid em escolas”, diz a manchete da reportagem.

Após extinguir o Centro de Contingência, formado por médicos e cientistas, que o assessoravam nas questões da pandemia, o governador dá mais um passo na manipulação das informações para ocultar os enormes riscos de sua anunciada ampla flexibilização de atividades no estado.

 

Universidades estaduais usam autonomia e atuam por retorno seguro

Enquanto a direção do Centro Paula Souza abdica de sua autonomia de gestão e segue cegamente as determinações do governo Doria, o mesmo não ocorre nas universidades estaduais paulistas. Detentoras de autonomia, elas estabeleceram planos próprios de retorno, com algumas diferenciações entre si, mas tendo em comum a exigência de plena vacinação para que o/a servidor/a e o/a estudante retornem presencialmente.

Na Unesp, por exemplo, a reitoria anunciou seu plano de “retorno gradual e seguro” na sessão do Conselho Universitário de 26/8/2021. Além da exigência de ciclo vacinal completo, a reitoria estabeleceu que o retorno deverá se iniciar gradualmente após constatação de 3 exigências em cada cidade onde a Universidade tem unidade: taxa de contaminação menor que 1 e taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 menor que 60%, ambas durante 14 dias seguidos, e política efetiva de rastreamento de casos sintomáticos e assintomáticos.

A perspectiva nas três universidades é que as aulas presenciais – com exceção das áreas de saúde – retornem somente no ano que vem.

Vale lembrar que o Centro Paula Souza permanece legalmente vinculado à Unesp, o que dá ainda mais garantias políticas e legais para que sua direção exerça a autonomia à qual tem direito e proteja a vida de sua comunidade.

 

Ajude a fortalecer nossa justa GREVE SANITÁRIA   

Conforme avaliação e encaminhamentos aprovados pela assembleia geral de 30/8, vamos prosseguir na GREVE SANITÁRIA, buscando fortalecê-la a partir de apoios da comunidade externa (imprensa, vereadores, deputados), entre outras medidas. Todos os materiais de apoio estão no site, na seção Greve sanitária. Ali também é possível conferir os novos apoios que chegaram ao Sindicato, como produto do trabalho dos grevistas.

           

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