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Guedes e a "granada no bolso do inimigo": Participe da campanha contra o congelamento salarial. Os servidores não devem pagar a conta!

Ao sancionar a Lei Complementar (LC) 173/2020, no dia 27/5/2020, o presidente Jair Bolsonaro vetou a possibilidade de reajuste nos salários dos servidores públicos, conforme previsto no texto original aprovado pela Câmara dos Deputados. A LC 173 trata do socorro financeiros aos estados, em decorrência da queda de arrecadação causada pela pandemia de Covid-19.


Bolsonaro vetou a possibilidade de reajuste salarial para os servidores, assim como a criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório. Nem mesmo os profissionais que estão na linha de frente de combate à pandemia, para os quais o Congresso havia criado exceção (como os da saúde, força de segurança, professores, funerária e garis) foram poupados do congelamento.


Pouco antes de sancionar a LC 173, no entanto, o capitão havia editado duas medidas provisórias para livrar do arrocho categorias onde têm boa base de apoio: os policiais civis e militares de Brasília, com custo de R$ 500 milhões para a União, e a Polícia Federal.


Bolsonaro também vetou o artigo da lei que permitia aliviar a cobrança de dívidas de estados e municípios durante a pandemia, assim como o artigo que garantia um prazo extra de 30 dias de tolerância para as unidades federativas que não conseguissem pagar suas dívidas.


Na famosa reunião ministerial de 22/4/2020, que teve vídeo divulgado por autorização do STF, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já antecipava a decisão. Bastante desinibido, ele comemorou com os colegas o fato de ter colocado uma “granada no bolso do inimigo”, referindo-se ao congelamento salarial para os servidores. O “inimigo”, no caso, são os milhões de servidores que carregam o serviço público nas costas, em sua esmagadora maioria com salários arrochados, sob más condições de trabalho que se agravaram nos últimos anos com a política de corte de recursos para os serviços prestados à população. Os “amigos” do ministro (os grandes banqueiros e empresários) certamente estão satisfeitos.

 

Campanha pela derrubada dos vetos

Os vetos de Bolsonaro na LC 173/2020 podem ser derrubados pelo Senado Federal. Por isso, sindicatos de servidores públicos de todo o país estão fazendo uma campanha de pressão sobre os senadores.


O Sinteps convida os trabalhadores do Centro a participarem. Isso pode ser escrevendo nas redes sociais dos senadores e/ou enviando e-mails pedindo para votarem pela derrubada dos vetos!

 

Sugestão de texto:

 

“Prezados/as senadores/as,

Valorizem os servidores públicos, responsáveis pelo atendimento às dezenas de milhões de brasileiros que contam somente com os serviços públicos para ter uma vida mais digna. Derrubem os vetos do presidente Jair Bolsonaro à LC 173/2020 que, além de representar uma interferência da União na gestão dos estados e municípios, é injusta com os servidores públicos que há anos estão sem reajuste salarial e precisam mais do que nunca ter sua renda e direitos preservados.

 

Atenciosamente,

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx”

 

- Clique para acessar arquivo com os endereços de e-mails e Facebook dos senadores