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14/2/2012

As cenas fortes mostradas na TV comoveram o país. Milhares de pessoas - cerca de 1.300 famílias de trabalhadores - foram barbaramente despejadas de suas casas pela Polícia Militar, no início de janeiro. Estamos falando do bairro Pinheirinho, em São José dos Campos.

Aproximadamente seis mil pessoas tiveram suas moradias, móveis e pertences pessoais destruídos. Muitos foram agredidos pelos policiais. Os moradores ocupavam o gigantesco terreno desde 2004, uma área abandonada pertencente à  massa falida da Selecta S/A, de propriedade do megaespeculador Naji Nahas.

Atualmente, a maior parte dos moradores está alojada em escolas e quadras esportivas da região, em condições precárias.

Em sua reunião de 31 de janeiro, o Conselho de Diretores de Base (CDB) do Sinteps aprovou a realização de uma campanha de solidariedade aos moradores do Pinheirinho. Para contribuir, você pode doar alimentos não perecíveis e produtos de higiene. Encaminhe a doação aos representantes do Sinteps em sua unidade.

Nas fotos abaixo, extraídas da grande imprensa, flagrante da barbárie e ato de solidariedade aos moradores, no centro de São Paulo.

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Moção

O Fórum das Seis - que engloba as entidades sindicais e estudantis das universidades estaduais e o Sinteps - lançou uma moção de repúdio aos graves fatos ocorridos no bairro Pinheirinho. Acompanhe:

Contra a barbárie no Pinheirinho

 

A truculenta desocupação do bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, realizada por um batalhão da Polícia Militar (1.800 soldados fortemente armados e apoiados por helicópteros) e auxiliada por guardas municipais, chocou a sociedade brasileira ao mostrar que, para atender aos interesses do capital, governador e prefeito não hesitam em surrar, perseguir, humilhar e tirar o teto de milhares de cidadãos pobres, mesmo quando indefesos ou doentes.

Uma decisão do Tribunal Regional Federal, de sustar a reintegração de posse, foi desacatada por um juiz estadual de primeira instância. Um bairro inteiro foi removido e seus moradores espancados e confinados como gado. Um acordo de trégua firmado no próprio Tribunal de Justiça foi ignorado pelo governador.

Da USP à  Cracolândia e desta ao Pinheirinho, o governador Geraldo Alckmin tem demonstrado o caráter profundamente antidemocrático, antipopular, elitista e intolerante de sua gestão, agredindo impiedosamente os direitos humanos em geral e os movimentos sociais em particular.

O Fórum das Seis repudia a desocupação do Pinheirinho, ao mesmo tempo em que se solidariza com seus moradores e apoiadores. E chama a atenção da sociedade paulista e brasileira para que combata e denuncie a intolerância, o racismo e a política de criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.

 

 

São Paulo, 27 de janeiro de 2012.

Fórum das Seis