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Baixa adesão inviabiliza ato da data-base em frente ao Centro em 13/8. Sinteps indica participação nos atos nacionais por educação e aposentadoria

Em reunião realizada no dia 9/8, o Conselho Diretor (CD) do Sinteps – com a presença dos diretores de base, regionais e executivos –, tabulou os resultados das assembleias de base, com vistas à deliberação sobre proposta de paralisação nas unidades e ato em frente ao Centro Paula Souza, em São Paulo, no dia 13/8.


O objetivo era pressionar e cobrar da Superintendência do Centro e do governo a negociação da nossa pauta de reivindicações da data-base 2019.


O número de assembleias realizadas foi considerado pequeno e insuficiente para sustentar a aprovação dos indicativos. Diante disso, o CD avaliou como inviável mantê-los.

 

Conquistas só vêm com luta

Esse quadro exige de nós uma séria reflexão. A história de lutas da nossa categoria mostra que a maioria de nossas conquistas é produto de greves e manifestações dos trabalhadores. Foi assim em 2000, 2004, 2011 e 2014, quando protagonizamos grandes greves e obrigamos o governo a nos atender, seja com reajustes salariais, seja com a implantação da carreira, esta última fruto da fortíssima greve de 2014.


Se queremos negociações sérias em torno da nossa pauta – reajuste salarial para todos, a promoção especial imediata para o pessoal técnico-administrativo e auxiliar de docente, a contratação de plano de saúde institucional, a revisão da carreira, entre outras –, a mobilização e a luta continuam sendo o caminho.


É preciso preparar uma grande greve dos trabalhadores do Centro Paula Souza. Sem luta, não tem conquista!

 

Participação no dia nacional de luta

Convocado pelas centrais sindicais, entidades estudantis e populares de todo o país, o 13 de agosto será o “Dia Nacional de Mobilização, Paralisações, Assembleias e Greves Contra a Reforma da Previdência, em Defesa da Educação Pública e por Empregos”.


Considerando a relevância dos eixos propostos, que interessam ao conjunto dos trabalhadores e dos estudantes, o CD do Sinteps indica a participação nos atos convocados em todo o Brasil. Em São Paulo, vai ser no Vão Livre do MASP, a partir das 15 horas. Informe-se sobre a atividade em seu município e participe.


Como sempre faz, após a data, o Sinteps vai solicitar ao Ceeteps a garantia da reposição e do efetivo exercício para todos os trabalhadores do Centro que paralisarem neste dia. Informe para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. se este for o seu caso ou de sua unidade.


No 13A, vamos protestar contra os profundos ataques aos nossos direitos sociais e trabalhistas, em defesa da educação e a saúde públicas, contra a privatização dos serviços públicos! Vamos parar o Brasil e mostrar nossa força!


Os ataques do governo Bolsonaro estendem-se ao conjunto da educação, ciência e tecnologia públicas, com cortes de bolsas no sistema CAPES, contingenciamentos enormes no MEC, pressões sobre órgãos públicos por publicizarem informações que comprometem o governo, como é o caso do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que teve seu diretor demitido por divulgar dados sobre o desmatamento da Amazônia, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que “ousou” falar sobre o desemprego no país. A mais recente investida é o programa anunciado para as universidades federais, o “Future-se”, que submete estas instituições à lógica do mercado e aponta para o desmonte do tripé ensino/pesquisa/extensão, que sustenta a lógica de produção de conhecimento socialmente referenciado.


Em relação à Previdência, o protesto é contra o pacote de medidas da PEC 6/2019, aprovadas na Câmara dos Deputados, que restringem o acesso e o direito à aposentadoria de dezenas de milhões de trabalhadores.


Em relação, ao desemprego, o protesto é contra o altíssimo número de pessoas sem trabalho no país, uma das facetas mais perversas da política econômica em vigor. Dados do IBGE – que Bolsonaro tenta esconder – mostram que o desemprego no país foi de 12%, em média, no segundo trimestre deste ano, o que significa um universo de 12,8 milhões de pessoas à procura de colocação no mercado de trabalho. Dentre os que têm alguma ocupação, há 24,1 milhões atuando na informalidade.